Juvenal Juvêncio disputará terceiro mandato a frente do São Paulo


Infelizmente todas as piores expectativas em relação às eleições para a presidência do São Paulo se confirmaram. O atual presidente do clube, Juvenal Juvêncio, encabeçará chapa no próximo pleito. Se aproveitando de uma brecha no estatuto do clube tricolor, o mandatário tentará se reeleger e com isso poderá ficar no cargo até 2014.

Juvenal Juvêncio tenta permanecer 11 anos na presidência do São Paulo

O anúncio oficial da candidatura será realizado nos próximos dias.

Mudança no estatuto

Em 2008, ocorreu uma mudança no estatuto do clube que ampliou de dois para três anos o mandato do presidente, Juvenal concorreu só uma vez após a alteração e, por isso, iria para o segundo mandato, e não o terceiro sendo assim elegível ao cargo. Legalmente ele pode, mas na prática, se eleito, será o terceiro mandato do atual presidente.

O mentor da terceira candidatura é Carlos Migual Aidar. Ex-presidente do São Paulo, da OAB-SP e sócio de um importante escritório de advocacia, Aidar defende que será o segundo mandato de Juvenal se reeleito. Para o importante advogado, a modificação do período para três anos estabelece uma nova regra para a contagem de mandatos, que começou a valer depois da mudança estatutária.

De cabo eleitoral a 11 anos no poder

Juvenal Juvêncio foi de suma importância para a eleição de Marcelo Portugal Gouveia para a presidência do São Paulo em 2002 mesmo sendo do grupo de oposição e o menos cotado na época. Juvenal foi então elevado ao cargo de diretor de futebol em 2003 e em 2005 montou o time que veio a ser campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes. Em 2006, Portugal Gouveia cumpriu o seu último mandato e apoiou o seu antigo cabo eleitoral para a sua sucessão. Deu certo e Juvenal Juvêncio se mantém presidente do São Paulo até hoje!

Briga com a CBF, Corinthians e Morumbi fora da Copa – 2014.

Além de vitórias dentro de campo, Juvenal Juvêncio coleciona derrotas e inimigos políticos. O primeiro embate foi contra a CBF quando o São Paulo resolveu votar em Fábio Koff ao invés do candidato de Ricardo Teixeira, Kleber Leite. Fábio Koff venceu a eleição e o São Paulo ganhou um importante inimigo, Ricardo Teixeira.

No Campeonato Paulista de 2009, Juvenal resolveu limitar a 10% das entradas para a torcida do Corinthians no confronto no Morumbi. Andrés Sanches, presidente do Corinthians em resposta, disse que nunca mais jogaria no Morumbi enquanto fosse presidente. Atualmente, o time da capital manda seus jogos no Pacaembu.

Com isso, o São Paulo ganhou dois grandíssimos inimigos e a conseqüência principal disso foi a exclusão do Morumbi como estádio paulista para a Copa do Mundo 2014. Vários projetos foram feitos e todos eles negados sempre com a FIFA se mostrando totalmente contra o estádio tricolor. A Arena de Itaquera foi aprovada sem ao menos ter mostrado qualquer projeto à FIFA ou ao Comitê Organizador Local.

Um dos vários projetos do Morumbi para ser sede dos jogos da Copa 2014.

As brigas surtiram um enorme efeito negativo ao São Paulo!

Opinião

Legalmente, segundo o estatuto, Juvenal poderia sim disputar este pleito, mas na prática, seria o terceiro dele totalizando 11 anos no poder. Isso não faz bem à nenhuma instituição principalmente quando o poder é tão concentrado na mão de uma única pessoa como é o caso dos clubes de futebol. A rotatividade dos mandatários dos clubes deve existir assim como na presidência dos países. Existem casos clássicos de como a permanência de um mesmo cartola por muito tempo no poder pode fazer mal a uma instituição ou modalidade esportiva, como pode ser visto aqui:

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