Sexta, 16 de Maio de 2025

Federação Paulista de Handebol terá novo presidente depois de 20 anos


Nesse exato momento, na sede da Federação Paulista de Handebol, um feito histórico ocorre: depois de quase 20 anos, uma nova chapa será eleita e um novo presidente tomará a frente da maior federação do Brasil. No comando da federação desde 1991, outro que não larga a cadeira por nada, Fabio Lazzari resolveu não se candidatar e duas chapas se formaram para este pleito.

Após 20 anos a Federação Paulista de Handebol terá novo presidente

A primeira é a chapa Novo Rumo que conta com Eduardo Henrique de Macedo como candidato a presidente. Eduardo é mais conhecido como Dudu e trabalha no handebol do Esporte Clube Pinheiros. Esta chapa é muito interessante, pois conta com a presença de um ex-atleta, Alexandre Flávio Rodrigues, o Folhas.

A segunda chapa é a Renovação que apesar de ter esse nome, conta com três integrantes da atual administração. O candidato a presidente desta chapa é Jorge Vicente Cirino que é o atual 3° vice-presidente.
Bom, se eu pudesse votar, votaria na chapa Novo Rumo. Pode ser que eu quebrasse a minha cara, mas eu apostaria numa renovação verdadeira. Apesar de não concorrer nesta eleição, Lazzari tratou de deixar uma chapa bem formada com pessoas que acompanham as suas idéias e isso não é uma renovação como querem passar a idéia.

Mudanças no handebol paulista

O handebol paulista é o mais rico e competitivo do Brasil. É o que conta com as melhores equipes e jogadores, entretanto, com o passar dos anos, o número de equipes tem diminuído constantemente. O campeonato paulista está se esvaziando e um fenômeno interessante ocorre: enquanto a federação se ausenta em apresentar soluções para melhorar o handebol, as ligas regionais se fortalecem e hoje têm mais equipes do que o próprio campeonato da federação. Isso se deve, entre outras coisas às elevadas taxas administrativas que uma equipe precisa pagar para jogar o campeonato. Araçatuba, cidade do interior paulista, por exemplo, paga R$ 800 por jogo em casa. É uma quantia absurda e que afasta qualquer cidade de menor poder aquisitivo da disputa.

Atleta de Araçatuba em lance do campeonato paulista sub-21. Cada jogo em casa, a cidade de Araçatuba gasta pelo menos R$ 800 em taxas administrativas

No handebol de praia, a federação não age na organização dos eventos, não realiza uma política de desenvolvimento e popularização do handebol de praia no estado e a atual situação é que há uma enorme briga de egos entre técnicos e cartolas para ter a paternidade do filho chamado handebol de praia em São Paulo. No final, só quem perde é o esporte...

As taxas precisam ser diminuídas e a regionalização do campeonato paulista é uma idéia que deveria ser levada em consideração pela chapa vencedora. Vamos torcer e esperar o melhor pelo esporte. Novos ares são necessários e é uma pena que o Homem dos SETE não pense assim...

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